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quarta-feira, 17 de julho de 2019

DEPRESSÃO, HATERS E UM SALTO PARA A LIBERDADE

Uma jovem cometeu suicídio. Vocês podem, nesse momento, se perguntar: o que isso tem de novo? A verdade é que não tem nada de novo, pois milhares de pessoas pelo mundo devem tirar suas próprias vidas todos os anos, e o fato de isso acontecer e pouco se falar é que faz esse episódio precisar de uma atenção em especial. Alguns podem não ter percebido, mas eu cometi suicídio virtual a poucos dias. Estava tão de saco cheio, tenho meus motivos mas não é relevante falar deles, que não queria mais abrir esse Facebook por achar que de útil ele não tem nada. Mas através dele eu ainda posso manter contato com pessoas que estão distante e que tem alguma importância pra mim.
Como eu falei para a minha mãe, quanto mais a tecnologia evolui, mais ela separa as pessoas; ninguém quer mais ligar para o outro; a praticidade de enviar uma mensagem e ler a resposta quando ela vier, se vier, tomou o lugar de se fazer uma ligação e ter de gastar-se alguns minutos para trocar algumas palavras com algum conhecido ou familiar. Até no mundo dos negócios o contato pessoal passou a ser muito raso. É prático e veloz? É! Mas nada substitui o calor humano.


Tá, mas quem morreu? Eu não conhecia a garota, sei que ela tinha muitos seguidores no Instagram, e sabe o que é irônico? Talvez se ela não tivesse rede social, e sim uma vida social de verdade, com pessoas que a quisessem bem de verdade, certamente ainda estaria entre nós. Ela ia casar, mas no dia da cerimônia o seu noivo resolveu desistir e terminou tudo por WhatsApp. Detalhe: ela sofria de depressão e o seu noivo sabia disso, mas parece que ele não se importou. Daí eu li na matéria que ele está se sentindo destruído. Deveras! Vai carregar a culpa dessa morte nas costas até o fim dos seus dias. Porém ele não é o único culpado! Depois que recebeu a notícia de que não iria mais casar, a jovem conseguiu fazer o que poucos no seu lugar teriam feito: resolveu levantar a cabeça; foi em frente com a festa e simbolicamente casou com sigo mesma; tirou fotos, dançou, sorriu, bebeu, comeu, mas depois cometeu o último erro da sua vida: compartilhou a sua intimidade(o fato de ter sido abandonada no dia do casamento) com os seus seguidores no Instagram. Pessoas normais teriam dado força à jovem, desejado resiliência, dado motivação, mas não foi bem assim. Segundo reportagem na Jovem Pan e também relatada no Canal Mamãe Falei, choveu críticas à "noiva de si mesma", acompanhadas de muitas ofensas, coisa que eu realmente não consigo imaginar o porque. Todo o esforço da garota acabou sendo em vão, pois a depressão é um inimigo desleal que não perdoa quem está sozinho. Infelizmente, ela entrou para essa estatística dos suicidas; depois de ler e responder comentários, saltou do 9º andar do prédio aonde morava. Os haters retiraram seus comentários aos receberem essa notícia, pois não querem deixar pistas da covardia que cometeram.


Deixo uma pergunta: precisamos de leis que controlem o nosso comportamento na internet ou precisamos de bom senso? Eu, já escolhi o caminho do bom senso. Chega de compartilhar coisas que eu sei que não farão bem aos que possivelmente irão ver minhas redes sociais. Chega de fazer comentários motivado pelo calor da discussão, ainda que eu saiba e tenha certeza de que a razão está do meu lado, pois todos já tem os seus problemas. Melhor compartilhar coisas úteis, que de alguma forma possam acrescentar algo positivo e construtivo às suas vidas, independente de concordarmos ou não.

Eu reativei meu perfil aqui, porque gostaria de compartilhar essa postagem com meus familiares, amigos, colegas, conhecidos, que ao longo dos anos vieram entrando para a  minha rede, de forma direta ou por intermédio de outros contatos. Eu sei que eventualmente, algumas pessoas olham o que eu publico, e ocasionalmente, até tiram algum tempo da sua vida para ler o que eu escrevo, coisa que, sinceramente, eu espero poder fazer por longos anos.


Se você leu essa postagem e está passando um momento difícil, sofrendo e sentindo-se sozinho(a), ligue para o número abaixo.

188
Centro de Valorização da Vida


Vou recomendar três livros que tem a ver com esse assunto:
1. Fédon - a imortalidade da alma(Platão)
2. Mãe(José de Alencar)
3. Escapando da depressão(Daniel Augusto Martins)

sexta-feira, 5 de julho de 2019

O PSIQUIATRA QUE NÃO AJUDOU MAS AJUDOU


Sabe, tem sempre um momento na vida em que precisamos parar, respirar, refletir sobre ela e decidir como seguir em frente. Às vésperas dos meus 45 anos, eu cheguei nessa estação, pois como diz a música, a vida é um "trem bala". Quando menos esperamos, estaremos chegando ao terminal. Não existe viagem de volta.
Que fique claro: eu sou feliz e tenho certeza de que todas as coisas, principalmente as ruins, que aconteceram na minha vida, serviram de ingredientes para fazer de mim, uma pessoa muito melhor. Mas por conta de uma tristeza que a tempos eu tenho sentido, sem explicação, fui procurar um psiquiatra, pois mesmo sabendo o que afeta o meu psicológico, consequentemente o meu estado físico, preciso de um norte de como voltar a ter um vida comum, mas a decepção foi tamanha que nunca mais.

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Eu sei qual é a diferença entre psicologia e psiquiatria, e não acho que fiz errado, pois precisa-se de um encaminhamento para um psicólogo. O problema foi a forma fria e desumana com a qual eu fui atendido. A impressão que eu tive, era de que ele já queria passar para o próximo paciente. É sério, se chegou a 10 minutos foi muito... Não irei alongar-me nesse episódio por não ver necessidade de compartilhar meus problemas pessoais. O fato é que, e se fosse uma pessoa desesperada por ajuda. Eu disse, últimas palavras antes de levantar e sair: eu penso muito na morte. Em resposta, depois do que conversamos ele disse: eu sei que você estará preparado para isso... Mas, e se os meus pensamentos fossem suicidas? Ele nem esperou eu terminar a frase. Se fosse alguém nessas condições, teria desistido de tudo, pois aquilo foi uma das maiores decepções. A ideia que temos nos filmes, sobre os psiquiatras, é de que são pessoas altamente preparadas e inteligentes, além de calmos e pacientes. Se for esse o caso, eu dei o azar de encontrar a laranja podre da cesta.

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Mas serviu pra eu mesmo ajudar-me. Já tomei umas providências que, a curto prazo, já surtiram efeito, como cortar redes sociais e WhatsApp. Mais tempo para investir em coisas que no futuro, servirão para mostrar que eu fui alguém que não viveu de forma alienada.

Obrigado, e até a próxima.