sábado, 24 de novembro de 2018

QUANDO ESCUTO MÚSICAS ROMÂNTICAS


Eu não sei você, caro leito, mas tenho o hábito de perder-me em devaneios da minha mocidade quando escuto algumas músicas, vezes e outras encontradas nas horas em que perco dedicadas ao Youtube. Parece que foi ontem que eu tinha 18 anos, momento em que apaixonei-me pela primeira e única vez, mas que não rendeu frutos. Também, meu último ano na escola em que eu tanto amei, a Fundação Bradesco, e que grandes momentos proporcionou-me. Claro, de lá saí com a mãe do meu único filho, hoje às vésperas de completar 22 anos. Parece que foi ontem.


Eu costumo dizer que se voltasse ao passado, até antes do nascimento do meu filho, com certeza eu não mudaria nada. Como sabemos, considerando a teoria da viagem no tempo: se você pudesse mudar qualquer coisa que seja no passado, o futuro certamente mudaria drasticamente. E eu sou um pai muito feliz com o filho que tem. Depois de seu nascimento, estaria tentado a mudar algumas vírgulas de lugar, até porque ninguém vive sem arrependimentos.

É, escutar músicas românticas do anos 80, década que marcou a transição da minha infância para a adolescência, é algo quase inexplicável. Eu penso nas vezes em que entrei num fliperama pela primeira vez; quando ia passar finais de semana na casa de minha falecida vozinha Mãe Zeca, aonde brincava com meu primos até tarde da noite, com muitas conversas à luz de lamparina; andanças pelo Bairro de Fátima e Parque Amazonas, nos dias de chuva; quando minha mãe e meu pai foram morar no interior do Maranhão, por conta do trabalho dele, e eu e meu irmão mais velho ficamos separados. Ele morando na casa de uma tia nossa, e eu na casa de uma amiga dela. E das vezes em que fomos passar férias em São Pedro de água Branca (aí tem bons causos); lembro dos meus anos de ginásio no Colégio Coronel Raimundo Sadock Costa, até 88. Quando eu já colecionava a Espada Selvagem de Conan, que iria perdurar por 15 anos. Em 1989, entrei na Fundação Bradesco. Mas essa é outra parte da história, que um dia espero poder contar com detalhes.

Parece que o mundo, hoje, perdeu a magia e romantismo que tinha. Nos cinemas e na música, a quantidade de lixo é assustadora. Não existem grandes nomes do Rock, das baladas românticas, música clássica... o que está acontecendo com as pessoas? Parece que até o final dos anos 80, era proibindo fazer música e filmes ruins.


Daí você pergunta o porque de eu está contando essas coisas. Não é por nada em especial, apenas uma leve vontade de desabafar. Chega um instante que ficar olhando o feed de notícias do Facebook, cansa. Ninguém diz nada, só compartilhamento de memes e vídeos... O chat está jogando às traças, porque não existe mais assunto a ser tratado. Claro, as pessoas tem as suas vidas para viver! As redes sociais, definitivamente, separaram as pessoas e não ha mais nada que possa ser feito.
Eu não estou mais mais morando na minha terra natal. O saudosismo é, certamente, fortalecido por mais esse fator.

Pergunta: já parou para olhar para a sua vida hoje? Você está feliz? Está fazendo alguém feliz?

A linha do tempo segue. E nós, pessoas, somos pontos no meio do caminho, bem curtinhos e breves como um piscar de olhos. Lembre-se disso!

Um comentário: